Hoy en el Jornal de Noticias, de Porto, al igual que en términos similares en muchos otros medios, aparecen artículos que combaten abiertamente la intención del presidente del Gobierno portugués, mientras que el Presidente de la República ya habla, si avanza la intención gubernativa, en llevar el asunto al mismísimo Tribunal Constitucional...
En redes sociales y páginas de comentarios en las webs, la contestación a la idea de Costa es mucho más que notoria. Aparecen incluso en Twitter imágenes de montajes en Photoshop con la cara de António Costa embutido en el cuerpo del líder de Corea del Norte, o fardado a estilo militar que recuerda a la Alemania de infaustos recuerdos...
Opinião
StayAway do disparate
Manuel Molinos
Poderemos, no futuro, ser abordados por um polícia que além da identificação nos pede para fiscalizar o telemóvel? Os alunos serão obrigados a ter os telefones ligados na sala de aula? Há algum capítulo no Orçamento do Estado que preveja subsídios para a aquisição de smartphones da última geração?
Um tiro ao lado, falta de bom senso, desorientação, disparate. A intenção de tornar obrigatório o uso da aplicação StayAway Covid não passará disso mesmo, de uma intenção. A repressão nunca foi amiga da inovação e do desenvolvimento. A Internet nasceu sob o desígnio da liberdade. Tudo o que a suporta e a alimenta confere ao cidadão o poder de escolher, de decidir.
E se o objetivo foi acelerar as descargas da aplicação, à custa da curiosidade e do medo, o tempo nos dirá qual o destino que as pessoas lhe deram, após mais ruído e teorias da conspiração.
São muitos os obstáculos que farão cair esta proposta de lei descabida no Parlamento. Há dúvidas quanto à sua constitucionalidade, põe em causa o direito à privacidade, ninguém pode ser obrigado a ter um bom equipamento capaz de suportar a ferramenta, nem, muito menos, a ter o bluetooth ativo, condição essencial para que a app cumpra a sua função.
A ideia de termos uma aplicação de contact tracing obrigatória é tão absurda que os próprios criadores da tecnologia demarcaram-se dela. Como a Comissão Nacional de Proteção de Dados.
Rui Rio já tinha demonstrado que desconhecia as características da app, ao ter questionado a razão pela qual não tinha recebido uma notificação por ter estado ao lado Lobo Xavier, que contraiu covid, no Conselho de Estado. Com esta proposta, António Costa parece seguir o mesmo caminho. O inacreditável é que no seio deste Governo, repleto de especialistas e assessores, parece não ter havido um único conselho que travasse este plano.
O primeiro-ministro não só não irá conseguir avançar com a medida, que colocaria Portugal numa lista de países que inclui a Índia e a China, como deu um enorme abanão na confiança da ferramenta. Durante várias semanas, Governo e a DGS apelaram, e bem, ao uso da aplicação. Este era aliás o único caminho possível, demonstrando que a StayAway Covid é segura, transparente e que respeita a privacidade. Agora, deitaram tudo a perder.
Opinião
StayAway do disparate
Manuel Molinos
Poderemos, no futuro, ser abordados por um polícia que além da identificação nos pede para fiscalizar o telemóvel? Os alunos serão obrigados a ter os telefones ligados na sala de aula? Há algum capítulo no Orçamento do Estado que preveja subsídios para a aquisição de smartphones da última geração?
Um tiro ao lado, falta de bom senso, desorientação, disparate. A intenção de tornar obrigatório o uso da aplicação StayAway Covid não passará disso mesmo, de uma intenção. A repressão nunca foi amiga da inovação e do desenvolvimento. A Internet nasceu sob o desígnio da liberdade. Tudo o que a suporta e a alimenta confere ao cidadão o poder de escolher, de decidir.
E se o objetivo foi acelerar as descargas da aplicação, à custa da curiosidade e do medo, o tempo nos dirá qual o destino que as pessoas lhe deram, após mais ruído e teorias da conspiração.
São muitos os obstáculos que farão cair esta proposta de lei descabida no Parlamento. Há dúvidas quanto à sua constitucionalidade, põe em causa o direito à privacidade, ninguém pode ser obrigado a ter um bom equipamento capaz de suportar a ferramenta, nem, muito menos, a ter o bluetooth ativo, condição essencial para que a app cumpra a sua função.
A ideia de termos uma aplicação de contact tracing obrigatória é tão absurda que os próprios criadores da tecnologia demarcaram-se dela. Como a Comissão Nacional de Proteção de Dados.
Rui Rio já tinha demonstrado que desconhecia as características da app, ao ter questionado a razão pela qual não tinha recebido uma notificação por ter estado ao lado Lobo Xavier, que contraiu covid, no Conselho de Estado. Com esta proposta, António Costa parece seguir o mesmo caminho. O inacreditável é que no seio deste Governo, repleto de especialistas e assessores, parece não ter havido um único conselho que travasse este plano.
O primeiro-ministro não só não irá conseguir avançar com a medida, que colocaria Portugal numa lista de países que inclui a Índia e a China, como deu um enorme abanão na confiança da ferramenta. Durante várias semanas, Governo e a DGS apelaram, e bem, ao uso da aplicação. Este era aliás o único caminho possível, demonstrando que a StayAway Covid é segura, transparente e que respeita a privacidade. Agora, deitaram tudo a perder.
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