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Se cumplen 111 años de la inauguración de la plaza de toros de Beja (Alentejo)

 111 años ya son años... já é obra!, que diría un hermano portugués. 111 años de historia cumplió en este fin de semana que queda atrás, la plaza de toros de la ciudad alentejana de Beja. Nadie mejor que el gran entusiasta de la Tauromaquia, cronista, repórter, apasionado del mundo de los forcados, nuestro buen amigo y alentejano de pro, Vítor Morais Besugo, para trazar en apuntes oportunos una semblanza de esta notable efeméride. Lo hizo en "Naturales", la web taurina que dirige Patricia Sardinha. Y con la debida venia, abusando de la confianza y de una amistad de años con Vítor Besugo, traemos aquí su oportuno recordatorio de estos 111 años del legendario coso llamado "praza de toiros José Varela Crujo"; 111 años ... que ya se dice pronto...


Foi há 101 anos, precisamente a 9 de agosto de 1909, que se inaugurou a praça de toiros de Beja. Havia cerca de 30 anos que não se realizavam corridas de toiros da capital do Baixo Alentejo e então, por iniciativa do grande aficionado e abastado lavrador bejense Rafael António Madeira, ergueu-se o atual tauródromo bejense.

Anteriormente tinha existido uma praça em madeira no Terreirinho das Peças, onde atualmente está edificado um lar para a terceira idade, mas os primeiros festejos taurinos em Beja realizavam-se na praça da República, onde existe ainda o antigo touril.

O cartaz da inauguração da atual praça era composto pelo cavaleiro José Casimiro e pelo novilheiro espanhol António Burgo “El Malagueño” e os forcados eram de Évora, comandados então por Manuel Barbas. Foram lidados oito toiros de Joaquim Mendes Núncio.

Logo no dia seguinte, a 10 de agosto, realizou-se outra corrida, com o mesmo cartel mas com toiros de Tomaz Muleto.

Em maio do ano seguinte surgem como empresários Joaquim Amado Soudo, Lourenço Morgado e Januário Luíz, que organizam corridas a 28 e 30.

Em 1927 regista-se um marco importante na história da praça de Beja com a realização de uma corrida com toiros de morte, onde atuaram o cavaleiro João Branco Núncio e os novilheiros espanhóis Mariano Rodriguez e Joaquim Gomez que mataram toiros de Joaquim Mendes Núncio.

Rafael António Madeira, que construiu e organizou as corridas inaugurais, faleceu em 1914, ficando a praça sobre a alçada dos seus herdeiros que, pouco aficionados, descuraram com o tauródromo. Assim, e devido a esse desmazelamento, a praça foi mandada encerrar em 1936 por ter sido coniderada imprópria para a realização

de espetáculos taurinos, decisão que se prolongou até 1938, ano em que foi vendida em hasta pública a Luciano Gonçalves Fialho e Manuel

Mestre Lampreia. Mais tarde, a metade pertencente a este último passou para D. Helena Garcia Pulido e, posteriormente, para o dr. Covas Lima. A parte de Luciano Fialho foi adquirida por Luís Vilhena e Francisco Lopes Vasquez. Atualmente, e desde 1988, a praça é propriedade do cavaleiro tauromáquico Tito Semedo e da sociedade formada por Quintano Paulo, António Sousa e “Cachapim”, que a gerem alternadamente por períodos de dois anos.

Em 1939 a praça sofreu melhoramentos procedendo-se à construção de 37 camarotes, e para a corrida de “reinauguração” saíram à arena de Beja, a 10 de agosto, os cavaleiros João Núncio e D. Vasco Jardim, acompanhados pelos forcados do Vale de Santarém de Edmundo de Oliveira que lidaram toiros de João Torres Vaz Freire.

Segue-se depois a época de esplendor da praça bejense com a empresa T.I.P.I.C.A. a organizar sete festejos em 1954.

Em 1988, a praça de toiros de Beja passa a designar-se por praça José Varela Crujo, numa homenagem ao malogrado cavaleiro bejense falecido em 1987, após vários anos em coma, em virtude de uma colhida em 11 de agosto de 1983 no Campo Pequeno, e após ter toureado a 10 de agosto em Beja, sendo assim essa a sua última corrida completa.

Ao longo dos anos vários cavaleiros elegeram a praça de Beja para tirar a alternativa, sendo o primeiro o dr. António Brito Paes, em 1960, seguindo- se Joaquim Veríssimo, em 1986, João Infante e Luís da Cruz, em 1988, e Tito Semedo, em 1993.

Este ano infelizmente e devido a esta pandemia que assolou o mundo a centenária praça de toiros “José Varela Crujo” não abrirá as suas portas ficando mais este marco na sua história.

Vítor Morais Besugo



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