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"Rui Rio podia ser personagem de romance de João Ubaldo Ribeiro". Joaquim António Emídio vuelve a poner los puntos sobre la íes

"Rui Rio podia ser personagem de romance de João Ubaldo Ribeiro", este es el título del siempre interesante artículo semanal que el director general de "O Mirante" (el mayor y mejor semanario regional de Portugal) publica en la edición impresa -y también en la Net- de este jueves. Con la agudeza y frontalidad que le caracteriza, Joaquim António Emídio pone en su sitio el controvertido líder de la Oposición lusa : el doctor Rui Río. Como cada semana, el artículo del gran periodista que es Emídio, no tiene desperdicio.

Rui Rio podia ser personagem de romance de João Ubaldo Ribeiro
O presidente do PSD, Rui Rio, não é muito diferente de André Ventura. Ambos carregam no verbo para compensarem a falta de ideias.

Rui Rio, presidente do PSD, afirmou que as empresas de comunicação social deviam ter do Estado o mesmo apoio que as empresas de calçado. Rui Rio alinha com André Ventura em muitas questões da vida política à portuguesa. A diferença entre eles é de comportamento. 
Rui Rio é mais ao jeito dos forcados, que João Ubaldo Ribeiro descreve de forma satírica no seu livro “A Casa dos Budas Ditosos”, e André Ventura é todo ele toureiro, sem capa e espada, como aqueles que frequentam as picarias mas não gostam de corridas de toiros.

O Governo diz que vai dar, em 2020, por causa da pandemia, 15 milhões de euros em publicidade institucional às empresas de comunicação social que fazem o mesmo trabalho de serviço público que a rádio e a televisão do Estado, que levam todos os anos cerca de 300 milhões de euros. Estes 15 milhões, que poderão chegar em tempo de pandemia a cerca de 500 empresas de comunicação social, entre imprensa e rádio, são uma esmola comparado com aquilo que o Estado gasta com o serviço público de televisão, rádio e agência pública de notícias. E, pior que isso, foi preciso uma pandemia para que o Estado finalmente cumpra aquilo que está publicado em Diário da República há muitos anos, que é a obrigatoriedade de publicar publicidade institucional nos jornais, entre eles os regionais e locais, que é aquilo que muito raramente acontece. 

Ou seja; o Estado está obrigado por lei a publicar publicidade institucional nos jornais e rádios, só que não o faz, e ninguém vai atrás do prejuízo porque dá muito trabalho e muitas inimizades. Quem conhece a minha opinião sobre as associações de muitos sectores, agricultura incluída, fica agora a conhecer também a minha opinião sobre as associações de imprensa: são quase todas prestadoras de serviço, que vivem dos negócios com o Estado, à custa dos que trabalham nos vários sectores da vida empresarial. 

Rui Rio, responsável pelo maior partido da oposição, podia aproveitar o estado calamitoso em que vivemos e ganhar estatuto, lutar por um lugar na frente para um dia chegar a primeiro ministro. Ao contrário, fala do que não sabe, tem uma língua de trapos e a sua ousadia em matéria política só pode ser gozada, ao jeito de João Ubaldo Ribeiro, quando brinca com as touradas e os forcados em “A Casa dos Budas Ditosos”, ou quando cita Nelson Rodrigues para dizer que tinha razão ao afirmar que “se todo o mundo soubesse da vida sexual de todo o mundo ninguém se dava com ninguém”.


Não vem nos livros, nem é matéria dos noticiários das televisões, os dramas das populações que vivem no interior e estão entregues à bicharada. Os preços das casas em algumas vilas e aldeias da região caíram a pique e ninguém as quer comprar. 
Entretanto a Câmara de Lisboa está a preparar-se para comprar casas, prontas a habitar, para arrendar, e assim aumentar o seu património habitacional. 
As autarquias do interior, que perdem população e vêem definhar o comércio tradicional e são obrigadas a fechar escolas, não têm qualquer política social para implementar nos próximos anos, mesmo sabendo que a União Europeia apoia políticas de habitação contra o problema da interioridade. 
Não vou falar dos concelhos que conheço bem, onde as populações perdem qualidade de vida e vêem o seu património desvalorizado. Mas deixo aqui, mais uma vez, um aviso àqueles que gostam da sua terra e não exercem a crítica necessária para que os políticos de proximidade sejam obrigados a vestirem as luvas de boxe para lutarem pela sua gente e pelo futuro das suas cidades, vilas e aldeias.  ( JAE

Rui Río


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