Editors Choice

3/recent/post-list

Ad Code

Responsive Advertisement

Recent in Technology

"O Mirante" llega a su número 1.500. ¡Larga vida al mayor y mejor semanario regional de Portugal!


"O Mirante", el prestigioso semanario editado en Santarêm, ha llegado a su número 1.500 esta semana.
La gran obra del enorme periodista que es Joaquim António Emídio continúa. Y a pesar de que los tiempos son muy difíciles en el mundo de la Comunicación, "O Mirante" sigue adelante, sin alterar su rumbo, en medio de las tormentas. Constituido desde hace años en el mayor y mejor semanario regional de Portugal, el periódico del que es editor y director-general nuestro admirado Emídio, lanzó una portada espectacular este jueves pasado, en sus habituales dos ediciones impresas, con titulares reveladores de la preocupación existente en Portugal por los rumbos y reiteraciones en ellos tomados por buena parte de la clase política. Podían haber elegido para celebrar los 1.500 números otra portada más amable, más políticamente correcta, pero optaron por seguir en su línea, la de un verdadero compromiso con la Sociedad a la que sirven.

Vaya pues nuestra muy sincera felicitación a todos los que cada semana hacen posible "O Mirante", junto con la reproducción de las impactantes portadas y el texto que acompañaron a esta fecha importante, la de haber alcanzado ya los 1.500 números (ediciones han sido muchas más, pues así como actualmente hacen dos ediciones semanales, en tiempo no muy lejano llegaron a hacer 3, dependiendo de la zona geográfica a la que se dirigían).

----------

Um país que permite um caso BES e um caso Marquês, tão recentes e tão criminosos, não merece uma reforma a sério? Vamos ter que continuar a conviver com deputados que são o suporte dos nossos governos, mas que não passam de verbos de encher da nossa democracia?

A edição 1.500 de O MIRANTE é dedicada em boa parte aos deputados da região que nos últimos anos trabalharam na Assembleia da República na aprovação das leis e no Governo do país. Podíamos ter escolhido escrutinar médicos, professores, empresários ou os autarcas, mas esses estão sempre a jeito de serem avaliados e nada os protege que não seja o valor real do seu trabalho. Com os deputados da nação, no regime em que vivemos, a grande maioria deles faz figura de corpo presente na casa da democracia e serve, na grande maioria dos casos, para fazer coro com os chefes.

O Ribatejo é, sem qualquer dúvida, a região mais rica do país, se retirarmos das contas de somar as áreas metropolitanas do Porto e de Lisboa. Quem nos fizer a folha vai reparar que o território está a desertificar-se todos os dias. Os melhores líderes emigraram e os que existem são tão ricos e estão tão confortáveis que, para eles, tanto faz que o Ribatejo um dia caiba numa praça de touros como fique do tamanho de uma propriedade agrícola como a Companhia das Lezírias ou de uma reserva natural como a do Boquilobo.

Estamos conversados quanto à regionalização. Somos contra a divisão em quadradinhos de um país que é conhecido no mundo por ser um pequeno rectângulo; não se entende com a vizinha Espanha, que é um território quatro vezes maior que o nosso, e vende o gás de garrafa a metade do preço, nem com o Brasil que é país irmão e tem a quinta economia mais forte do mundo.

Se não falamos de regionalização, pelas razões que todos conhecemos, são dramáticas na vizinha Espanha e um pouco por todo o mundo, não podíamos estar a falar há muitos anos de descentralização, e de divisão de poderes, para que deixemos de continuar entregues às famílias que mandam nos gabinetes ministeriais de Lisboa esteja lá Pedro ou Paulo? Não estamos na altura de exigir aos nossos deputados que não se façam de anjinhos quando saem de Rio Maior, de Santarém ou de Abrantes, e finjam que ganharam a lotaria, e subiram aos céus, em vez de se matarem pela terra e pela região onde os pais e os avós os criaram? Vamos aceitar que os deputados, que nasceram para a democracia com o 25 de Abril, sejam todos da mesma família daqueles que depois de conquistarem o poleiro passam as empresas para os nomes das mulheres, e dos filhos, para fazerem crescer a fortuna?

Um país que permite um caso BES e um caso Marquês, tão recentes e tão criminosos, não merece uma reforma a sério? Vamos ter que continuar a conviver com deputados que são o suporte dos nossos governos, mas que não passam de verbos de encher da nossa democracia?

Por aqui vamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para ajudarmos a mudar mentalidades. Os jornalistas não são os salvadores da pátria mas podem ser um pouco da consciência colectiva, que precisa de se erguer acima da mediocridade, de que muitos deputados são a medalha e o seu reverso.


Publicar un comentario

0 Comentarios

Ad Code

Responsive Advertisement