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Llevaban tiempo peleando por ello. Ahora, a falta de cuatro retoques insignificantes de última hora, ya tienen todo pergeñado para que realizar esta nueva variante del Camino de Santiago no sea una aventura sin sentido... De Braga a Compostela, por los senderos y caminos de una ruta que antiguamente empleaban los arrieros para ir al santuario compostelano.
A associação Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular acaba de reconhecer o Caminho da Geira e dos Arrieiros, que liga Braga a Santiago de Compostela, na distância de 240 quilómetros, num guia com os principais itinerários jacobeus.Esta entidade luso-galaica, que reúne 36 municípios da região transfronteiriça, divulgou este fim de semana um guia que, ao longo de 184 páginas, descreve 14 caminhos de Santiago, entre os quais o da Geira e dos Arrieiros, incluindo o seu troço por Berán, seguindo o traçado apresentado pela Associação do Caminho Jacobeu Minhoto Ribeiro, em Braga, em 2017.
O guia “Um Caminho de Futuro” [link para download: https://bit.ly/2IH1BLx] descreve o traçado que começa na Sé de Braga ao longo de 13 páginas, ilustradas com desenhos dos principais locais de passagem dos peregrinos.
A associação Eixo Atlântico, atualmente liderada pelo presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, dedica-se a apoiar “as iniciativas que fomentem a cooperação transfronteiriça, constituída pelos municípios do Norte de Portugal e da Galiza” e não tem fins lucrativos.
O Caminho da Geira e dos Arrieiros foi reconhecido pela Igreja em março de 2019, quando o delegado de peregrinações do cabido da Catedral de Santiago, o deão Segundo L. Pérez López, assinou um certificado onde refere que o traçado cumpre “as condições de outros caminhos de peregrinação” e por isso “concede a Compostela” a quem o percorrer. Está em curso o processo de homologação pelas entidades civis.
No ano passado foi percorrido por 367 peregrinos em 10 meses. A maioria partiu de Braga (227), seguindo-se Castro Laboreiro (104), Entrimo e Ribadavia (com oito cada).
Os portugueses constituem o maior grupo (80%), havendo ainda registo da passagem de italianos, suíços, franceses, brasileiros, polacos e holandeses.
Além dos peregrinos que receberam a Compostela (e, como tal, entraram nas estatísticas), a associação Codeseda Viva considera que muitos outros o fizeram, apontando uma estimativa global de 850 pessoas.