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El Eixo Atlántico, que actualmente preside el titular de la Câmara Municipal de Braga, ha dirigido una carta al Ministro de Sanidad de España, en la que solicita algo que es de sentido común y absolutamente razonable.
Como es sabido, desde el 23 de noviembre próximo, España exigirá en puertos y aeropuertos, a los viajeros y turistas que lleguen por vía aérea o marítima, la exhibición de una certificación de una PCR con resultado negativo, hecha no más allá de 3 días antes de la fecha del viaje. Por si en un momento dado, al Ministerio de Sanidad de España le diese por extender esa exigencia a la frontera terrestre con Portugal, la asociacion de municipios más importantes -y diputaciones- de Galicia y Portugal (el "Eixo Atlántico") ha querido recordar al ministro Illa la importancia económica y social que la Eurorregión Galicia/Norte de Portugal tiene, la convivencia diaria entre ambas zonas, los constantes desplazamientos de gallegos a Portugal y portugueses a Galicia, las relaciones comerciales, profesionales, universitarias constantes, los lazos incluso familiares entre personas de ambas zonas... de ahí que se pida, llegado el caso, una discriminación positiva, hecho que sería de toda justicia y necesaria sensibilidad.
Obligar a presentar una PCR negativa cada vez que se cruza la maldita frontera sería crear enormes problemas a quienes por las razones que fueren van y vienen (la enorme mayoría de viajes son de cercanía y de ir y venir en el día, a veces en la misma mañana, o la misma tarde), además de un dineral evidente y tener que emplear cada dos por tres en ese trámite buena parte de su necesario tiempo. No estamos hablando de gente que va de viaje de placer, o turismo de varios días, sino de quien va y viene, de quien tiene una casa en O Porriño y compró otra en Viana do Castelo y va y viene, de quien va a una reunión a Vigo de vez en cuando porque allí tienen complementariedad sus ocupaciones en Guimaraes, etc. etc. etc.
No ha podido ser más oportuno el organismo que dirige el Presidente de la Câmara de Braga, exponiendo al ministro de Sanidad español, algo que debe ser tenido en cuenta, a efectos de no empeorar la ya tan deteriorada calidad de vida de los habitantes de la Eurorregión, tan afectada ya de por si por los necesarios cierres perimetrales, toques de queda, limitaciones de movimientos... como ya sucede actualmente en muchos municipios de Galicia y el Norte português.
Cabe esperar que el ministro Illa, que ha sido prudente en muchas de sus acciones, lo sea también en este caso y -llegado el momento, si este se produce- tenga a bien la justa excepcionalidad, o discriminación positiva que se le demanda. No es por la vía de los palos de ciego por la que se resuelven mejor las cosas llegado un momento de aflicción, y sí por los caminos de la serenidad, la reflexión y el pensar bien las decisiones a tomar, valorando antes las consecuencias que puedan tener las mismas
O Eixo Atlântico pediu ontem ao
ministro da Saúde espanhol que
considere a eurorregião Galiza/
Norte de Portugal como “excepção”,
caso venha a decidir
alargar às fronteiras terrestres
entre os dois países a exigência
de apresentação de teste negativo.
“Solicitamos ao seu Ministério,
no caso de estender a norma
para além dos portos e aeroportos,
que considere excepcional a
situação da eurorregião Galiza -
Norte de Portugal, de modo a
permitir a continuidade das nossas
actividades sociais e económicas
dentro das limitações que
a pandemia, principalmente, a
prevenção da mesma e o bom
senso aconselham”, refere a carta
ontem enviada pelo Eixo
Atlântico a Salvador Illa Roca.
Espanha vai passar a exigir a
partir de 23 de Novembro a
apresentação de um teste PCR
negativo realizado 72 horas antes
da chegada a um aeroporto
ou porto do país de um viajante
vindo de países de risco.
Na quarta-feira, o Ministério
da Saúde espanhol anunciou que
as agências de viagens, operadores
turísticos e empresas de
transporte aéreo ou marítimo, e
qualquer outro agente que venda
bilhetes, devem passar a informar
desta nova exigência os passageiros
de países considerados
de risco da pandemia de Covid-
-19 cujo destino final seja um
aeroporto ou porto espanhol”.
Ontem, o Eixo Atlântico, presidido
pelo autarca de Braga, Ricardo
Rio, pediu ao Governo espanhol
que considere a atribuição
de “discriminação positiva”
aos portugueses da região Norte.
O Eixo Atlântico é uma associação
que reúne 36 municípios
do Norte de Portugal e da Galiza.
“Quero transmitir-lhe uma situação
que o seu Ministério deve
levar em consideração, pois responde
às circunstâncias muito
características da Espanha. Refiro-
me a Portugal, país com o
qual Espanha partilha a fronteira
mais longa e estável da Europa,
com relações sociais, culturais e
e económicas muito fortes”, refere
a missiva assinada pelo secretário-
geral do Eixo Atlântico.
No documento, Xoan Mao sublinha
que na eurorregião Galiza/
Norte de Portugal aquelas relações
“adquirem o perfil de um
território comum que, na prática,
tem muito mais afinidades quotidianas
do que as que existem,
por exemplo, entre a Galiza e o
Levante ou a Andaluzia”.
Segundo o Eixo Atlântico,
aquele relacionamento transfronteiriço
é “responsável por
um fluxo constante de população,
composta maioritariamente
por trabalhadores transfronteiriços,
mas também por estudantes
e investigadores de universidades,
por executivos e empresários,
e por cidadãos da esfera
cultural, que se deslocam semanalmente
ou em muitos casos
diariamente a fronteira”.
“Não é necessário explicar os
problemas que a aplicação desta
medida, de forma indiscriminada,
causaria no desenvolvimento
económico da eurorregião”,
alerta.
A nova medida cumpre a recomendação
europeia de 13 de
Outubro, que aconselhou os Estados-
membros da União Europeia
a terem por base nas suas
restrições de viagem na União
Europeia a situação epidemiológica,
estabelecendo um código
de cores por zona.
Esta medida vem juntar-se aos
controlos sanitários que já se
efetuam, controlo visual e temperatura,
a todos os passageiros
internacionais nos portos e aeroportos de
chegada a Espanha.
O país já chegou quase aos
1.400.000 casos positivos de
Covid-19 desde o início da epidemia
e está perto das 40.000 mortes.
(Fonte : agéncia Lusa y "Correio do Minho)