El artilugio que ayuda a los niños pequeños a acostumbrarse a la distancia social...

El invento tiene su lógica, pero a algunos -siempre hay quien no está a gusto con nada...- no les gusta. Puesto el "artefacto" en la cabeza del niño, no hay duda que la distancia con su compañero(a) del colegio de pre-escolar... está garantizada. Y no se trata de que siempre lo lleve, sino de que se acostumbre a estar distante del otro... No hay más que verlo en las fotos. Pero claro... habrá quien entienda que no está bien del todo y en su derecho de expresarse está. Para gustos se pintan colores. Fue inventado en Coimbra y aplicado en Arcos de Valdevez, donde la Câmara Municipal los regaló a las escuelas del município.

Lo contaba con detalle, en días pasados, el periódico Jornal de Notícias.

Os chapéus oferecidos pelo município de Arcos de Valdevez, no Dia da Criança, às crianças do ensino pré-escolar do concelho estão a gerar controvérsia. Têm uma hélice de 1,20 metros que "funciona como uma sugestão amiga de afastamento", segundo descreve aquela autarquia no seu próprio site.
Nas redes sociais multiplicam-se as críticas e comentários favoráveis sobre o chapéu que impede as crianças de se aproximarem umas das outras. "Esta medida é contra o desenvolvimento saudável das crianças", "Santa ignorância! As crianças vão sempre usar aquilo? Se fosse meu não usava e ainda fazia queixa à DGS" e "Coisa ridícula pelo amor de Deus!" são alguns comentários que se podem ler nas publicações do município, onde se veem crianças com os referidos chapéus.

Há, por outro lado, quem defenda "a boa intenção" da Câmara de Arcos de Valdevez, ao criar um kit com sete peças em polipropileno colorido e que pode ser montado pelas próprias crianças, e que forma uma hélice que é colocada na cabeça.
Foram oferecidos 380 chapéus no âmbito da iniciativa a que foi dado o nome de "Estamos de volta". O JN tentou contactar o autarca João Esteves, mas tal não foi possível até ao momento.

O chapéu foi criado pelo Exploratório-Centro de Ciência Viva de Coimbra. O chapéu com uma hélice de 1,20 metros, que se coloca na cabeça, chama-se "Chega p'ra lá". Foi também adotado pelo município de Coimbra, onde não teve repercussões como as que se sentiram em Arcos de Valdevez.
"Não percebemos o que levou as pessoas a interpretarem isto desta forma. Isto foi articulado com as educadoras e com a comunidade educativa. Não foi nada inventado. Foi desenvolvido em articulação com o Exploratório, não só em Arcos de Valdevez, como para outros municípios, como por exemplo, Coimbra, que fez exatamente a mesma coisa", disse a vereadora da Educação da Câmara de Arcos de Valdevez, Emília Cerdeira. O chapéu foi "usado pontualmente e depois levado para casa pela crianças", acrescenta.
"Elas não estiveram o dia todo com aquilo na cabeça, nem no recreio. Montaram na aula e não utilizaram mais durante o dia. Segundo as educadoras correu maravilhosamente e as crianças foram para casa felizes", descreveu Emília Cerdeira."É uma forma de ajudar os mais pequenos a entender o significado do distanciamento social em comunidade".