Região do Algarve teve um agravamento brutal com o aumento do número de inscritos a tocar nos 124% comparando com abril de 2019.
O número de desempregados inscritos nos centros de emprego em abril disparou 22% face ao mesmo mês do ano passado, com a região do Algarve a ser a mais afetada, revelam os dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) conhecidos esta quarta-feira.
"No fim do mês de abril de 2020, estavam registados nos Serviços de Emprego do Continente e Regiões Autónomas 392 323 indivíduos desempregados", indica o IEFP. Comparando com abril do ano passado, há mais 71 083 pessoas inscritas, o que representa uma subida de 22,1%. Face ao mês de março, são mais 48 562 pessoas inscritas, ou seja, um aumento de 14,1%.
Para esta subida do desemprego registado, o IEFP refere que o maior contributo foi dado pelas "mulheres, adultos com idades iguais ou superiores a 25 anos, os inscritos há menos de um ano, os que procuravam novo emprego e os que possuem como habilitação escolar o secundário".
Algarve é a região mais afetada
Os dados revelados pelo IEFP indicam que a região do Algarve foi a que sentiu o maior agravamento do desemprego, os Açores teve um comportamento contrário com diminuição do número de desempregados inscritos. "A nível regional, no mês de abril de 2019, o desemprego registado aumentou na generalidade das regiões, com exceção da Região Autónoma dos Açores. Dos aumentos homólogos o mais pronunciado deu-se na região do Algarve (+123,9%). No oposto encontra-se a região dos Açores com -6,2%", refere o IEFP.
A este comportamento não será alheio o facto de o setor dos serviços, em concreto o turismo, ter sido o mais atingido pela pandemia de covid-19. "As subidas percentuais mais acentuadas, por ordem decrescente, verificaram-se nas atividades de: "alojamento, restauração e similares" (+60,6%), "atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio" (+41,2%) e "transportes e armazenagem" (+37,4%)", refere o IEFP.
"No setor "secundário", destaca-se a subida nos ramos da "indústria do couro e dos produtos do couro" (+42,7%), da "indústria metalúrgica de base e fabricação de produtos metálicos" (+39,0%) e da "Indústria do vestuário"(+33,6%)", apontam as estatísticas.
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In Jornal de Noticias |