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El coronavirus pone patas arriba las ganaderías de toros bravos en España y Portugal

En España, en Portugal e incluso en el sur de Francia, miles de toros van a acabar en los mataderos, vendidos a precios de auténtico saldo, en lugar de seguir su curso normal de ser utilizados en las corridas de toros y demás espectáculos taurinos. 
Hay ganaderías que incluso van más allá y pretenden quedarse solo con la mitad del ganado del que hasta ahora anualmente disponían : es decir, por falta de capacidad económica para sostenerlos, enviar a un 50% de sus toros y vacas para el matadero también. Incluso algunas ganaderías de menor prestigio podrían desaparecer. No han hecho falta los antitaurinos para causar semejantes destrozos en la cabaña ganadera del toro bravo, llegó el coronavirus, la imposibilidad real de celebrarse corridas de toros, corre-bous, largadas y encierros, touradas á corda... y ¡al carajo!, todo amenazado.
Con las corridas anuladas, la crisis del coronavirus en España ha asestado un gran mazazo a la tauromaquia, un espectáculo de masas basado en un producto costoso y perecedero: los toros de lidia, abocados muchos de ellos al matadero en este aciago año. Y es que las prohibiciones de aglomeraciones dictadas por las autoridades podrían dejar en blanco la temporada taurina española, de marzo a octubre.
En España
En España, como en Portugal o Francia, toreros, banderilleros o rejoneadores se han quedado sin trabajo, y tanto ganaderos como empresarios califican de catastrófica la situación, en un sector que representa en suelo español al año cerca de 20.000 eventos, entre festejos en plazas (unos 1.500) y espectáculos de calle.
La fragilidad del negocio está en el carácter perecedero del toro bravo, que tiene un tope de cinco a seis años de edad para ser lidiado en la plaza, y de seis a siete para un festejo de calle.
La cría de un toro de una ganadería de prestigio le supone al ganadero entre 3.500 a 5.000 euros, una inversión que recuperaría casi siempre al completo vendiéndolo para un espectáculo en una plaza de primera o segunda categoría.
El envío directamente al matadero -como ahora va a suceder- supone solamente recuperar un 10%, situación ruinosa. Los ingresos se reducen casi a cero, sólo hay gastos y con un agravante : esto no es una fábrica que se puede parar, porque al toro hay que seguir cuidándolo y alimentándolo para desesperación del ganadero que entierra cada día más y más dinero.
En un primer informe, la Unión de Criadores de Toros de Lidia, que representa a 345 ganaderías (hay aún otra entidad, la Asociación de Ganaderías de Lidia), estima una primera pérdida económica de unos 78 millones de euros. Y anuncia un panorama de futuro muy malo por los "efectos devastadores sobre las ganaderías de bravo", que "generan miles de empleos directos e indirectos" en zonas por lo general muy despobladas del interior de España.

En Portugal
Siguen publicándose quejas de ganaderos y apuntes evidentes en diferentes periódicos. En O Mirante, en su edición impresa, los lamentos del ingeniero Joaquim Grave (Murteira Grave) y de Joâo Folque (Palha) son ostensibles y dignos de ser tenidos en cuenta. Pero... la Tauromaquia, a los gobiernos de España y Portugal parece importarles un pimiento.
"Algumas ganadarias já não podem vender toiros para espectáculos porque atingiram a idade máxima para serem lidados. Algumas podem acabar.
Nas ganadarias portuguesas há cerca de 2500 toiros que não vão ser lidados devido ao cancelamento dos espectáculos tauromáquicos. Os ganadeiros estão a tentar mandar os animais directamente para o matadouro. Nalguns casos nem sequer há outra hipótese, já que o regulamento tauromáquico não permite que sejam lidados toiros com mais de cinco anos. O presidente da Associação Portuguesa de Criadores de Toiros de Lide, João Santos Andrade, de Almeirim, refere que estavam previstos 45 espectáculos até final de Maio e 32 durante o mês de Junho.
Estão em causa 230 espectáculos durante o ano inteiro. Se se fizer a conta a seis toiros por corrida são 1380 animais, a que se juntam 1200 das touradas à corda, forcão, largadas e picarias",
explica "O Mirante" en su edición de esta semana.

Desde las islas Açores nos llega lo publicado en "Açoriano Oriental" : 
Touradas à corda da ilha Terceira estão suspensas e há ganadeiros em dificuldades

As touradas à corda da ilha Terceira, que deveriam iniciar-se esta sexta feira, movimentando milhares de pessoas, estão suspensas até data incerta, devido à pandemia da covid-19, e os ganadeiros admitem dificuldades financeiras.
“É uma situação nunca antes vivida. Estamos com bastante apreensão, porque adivinha-se, no seguimento desta pandemia causada pelo novo coronavírus, um ano dramático em termos da realização de eventos”, afirmou, em declarações à agencia Lusa, a presidente da Associação Regional de Criadores de Toiros de Tourada à Corda, Sónia Ferreira.
Por ano, entre 01 de maio e 15 de setembro, realizam-se mais de duas centenas de touradas à corda na ilha Terceira, aquela em que a tradição tem maior expressão nos Açores.
Nas touradas à corda, ao contrário do que acontece nas de praça, os touros correm nas ruas, amarrados por uma corda, num percurso delimitado, enquanto a população assiste, de forma gratuita, nas varandas ou nas estradas.
Na maior parte dos casos, os espetáculos tauromáquicos integram a programação das festas do Espírito Santo ou do padroeiro da freguesia, que têm sido canceladas devido à pandemia.

A evolução do surto da covid-19 nos Açores ainda é uma incógnita, mas a maior parte das touradas agendadas para maio e junho está já cancelada e há mesmo quem tenha desmarcado eventos nos meses seguintes.
“Há ganadeiros que já relataram que têm touradas que estavam apalavradas de julho e agosto a serem canceladas. Compreende-se o porquê, mas torna a situação ainda mais cinzenta”, relatou Sónia Ferreira.
As festas são organizadas por comissões de voluntários, que angariam fundos durante vários meses, o que indicia que a maioria poderá não se realizar.
“Como não há tempo, porque a verdade é que é necessário haver tempo para essas comissões poderem fazer a angariação de fundos e essas angariações normalmente recorrem a eventos onde há ajuntamentos de pessoas, que também não estão permitidos e não se sabe quando serão permitidos, dá-lhes pouca margem para poderem trabalhar para as suas festas”, explicou a presidente da associação.
Sónia Ferreira garantiu que os ganadeiros compreendem que o cancelamento das touradas é “para bem da saúde pública”, mas não escondeu que estão “bastante apreensivos” com a quebra de receitas.
“A verdade é que, se normalmente já é difícil, porque é uma atividade sazonal, neste ano, adivinhando-se, na melhor das hipóteses, alguns festejos para setembro/outubro, é claro que o impacto é catastrófico, elevadíssimo”, alertou.
A presidente da associação, que representa 11 ganadarias da ilha Terceira, três de São Jorge e uma da Graciosa, admite mesmo que a quebra de receitas possa “colocar em causa a viabilidade e continuação de algumas ganadarias”, ainda que até ao momento nenhuma tenha decidido abdicar da atividade.
“Da parte da associação já fizemos os primeiros contactos com as autoridades regionais, tanto ao nível governamental e local, para expor a situação. Percebemos que é uma situação nova, mas tentamos sensibilizar o Governo Regional e as autarquias para as dificuldades que as ganadarias vão enfrentar”, afirmou.

Um estudo realizado em 2016 pelo economista Domingos Borges, natural da ilha Terceira, estimava que os espetáculos tauromáquicos tivessem tido um peso na economia da ilha em 2015, na ordem dos 91,3 milhões de euros, o equivalente a 2,47% do Produto Interno Bruto (PIB) dos Açores e a 11,4% do PIB da Terceira, naquele ano.
O economista contabilizou os custos diretos, como o pagamento aos ganadeiros e as taxas municipais, mas também os custos indiretos, como a manutenção das moradias por onde passa a tourada, os custos com a preparação das mesas para receber amigos e familiares, a deslocação da população para assistir às manifestações ou a venda de DVD e recordações.
“A verdade é que a tourada à corda faz parte da nossa história e gera riqueza que não se encerra só nos ganadeiros. Podemos ver isso na sua dinâmica, na forma de ser da tourada à corda. Ela dinamiza talhos, mercados, o comércio local…”, salientou Sónia Ferreira.
As duas autarquias da ilha Terceira decidiram atribuir apoios financeiros aos ganadeiros. Na Praia da Vitória será concedido o montante reservado para apoiar as comissões de festas com a realização de touradas, enquanto em Angra do Heroísmo o município vai adquirir um conjunto de touradas que serão realizadas nas diferentes freguesias do concelho, quando a pandemia o permitir."


Las imagenes del gran fotógrafo PEDRO BATALHA nos muestran ejemplares de la ganadería portuguesa de Vale Sorraia, perteneciente a la familia Ribeiro Telles. 



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