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Portugal. Cardenal-Patriarca y Arzobispo de Braga no callan ante la que se avecina

Lisboa, 09 fev 2020 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca de Lisboa e o arcebispo de Braga anteciparam a celebração do Dia Mundial do Doente, com mensagens contra a legalização da eutanásia e em favor de uma sociedade que aposta na dimensão paliativa.
“A pessoa deve ser sempre acompanhada com um ‘não’ rotundo a tudo aquilo possa obviar à vida dessa pessoa. Não à eutanásia, não ao suicídio assistido”, declarou hoje D. Manuel Clemente, patriarca de Lisboa, na homilia da Missa a que presidiu na capela da Casa de Saúde da Idanha, das Irmãs Hospitaleiras.
“Quando uma sociedade entra por esses caminhos, essa mentalidade suicida alarga-se a toda a sociedade, que se torna ela própria suicidária”, acrescentou o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa.
O cardeal-patriarca partiu de uma passagem bíblica, “não voltes as costas ao teu semelhante”, para recordar quem “mais precisa” de cuidado, a “vida da pessoa fragilizada”, que exige a criação de uma “sociedade paliativa”, que cuide de todos.
O responsável elogiou exemplos como o da Casa de Saúde da Idanha, onde “ninguém desiste de ninguém, nas situações mais frágeis que possam existir”.
“Esta frente da vida é uma frente de luz e esta luz não se pode extinguir”, apontou, numa celebração em que foi ministrado o sacramento da Unção dos Doentes.
Já este sábado, o arcebispo de Braga sustentou que a vida “é inviolável” e os cuidados paliativos “são a única resposta para garantir uma morte digna”.
“Em Portugal estamos a viver mais um momento histórico. Não podemos permitir que alguns deputados queiram decidir por nós, quando não apresentaram o assunto da eutanásia nos seus programas eleitorais”, disse D. Jorge Ortiga, na Missa a que presidiu no Centro de Acolhimento ‘O Poverello’, unidade de cuidados paliativos situada junto ao Convento de Montariol, em Braga.
Este problema não é meramente religioso. É civilizacional. A vida é inviolável. Foram necessários muitos séculos até aceitarmos este valor fundamental, este valor que está na base de todos os outros. Não deitemos fora uma conquista de séculos”.
A Assembleia da República agendou para 20 de fevereiro o debate e votação de quatro projetos de lei com vista à legalização da eutanásia, apresentados pelo PS, Bloco de Esquerda, PAN e Os Verdes.
“Neste momento concreto, não deixemos de assumir a responsabilidade de exigir uma rede de Cuidados Continuados e Paliativos onde possa ser oferecida uma verdadeira ‘terapia da dignidade’ e aceitemos, também, o dever de expressar o que sentimos em relação à eutanásia”, apontou D. Jorge Ortiga, arcebispo primaz.
Um movimento de cidadãos lançou na sexta-feira uma recolha de assinaturas que tem como objetivo propor à Assembleia da República a realização de um referendo nacional sobre “a (des)penalização da morte a pedido”.
O movimento “#simavida” quer apresentar ao Parlamento uma Iniciativa Popular de Referendo considerando que “uma decisão tão grave e fraturante como a de despenalizar e legalizar certos casos de morte a pedido não deve ser tomada no interior dos partidos e nos corredores de São Bento.
Na sua mensagem para Dia Mundial do Doente 2020 (11 de fevereiro), o Papa reforça a sua oposição a projetos de legalização da eutanásia.
Dirigindo-se aos profissionais de saúde, Francisco pede que a sua ação vise “constantemente a dignidade e a vida da pessoa, sem qualquer cedência a atos de natureza eutanásica, de suicídio assistido ou supressão da vida, nem sequer se for irreversível o estado da doença”.
O texto refere que, em certos casos, a objeção de consciência pode ser uma “opção necessária” para os católicos que trabalham neste campo.
D. Jorge Ortiga, Arzobispo de Braga


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