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Se a disputa entre as grandes superfícies já estava renhida, aos olhos (e à bolsa) dos clientes quase palmo a palmo, mais ao rubro ficará no verão quando os espanhóis da Mercadona concretizarem a anunciada estreia no nosso país. Começam por Gaia e esperam chegar às 200 lojas. O mercado, é bom de ver, continua a fervilhar, impossível é vaticinar o desfecho de tamanha febre. Acreditemos... |
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A competição vai aquecer no Norte. É por aqui que entrará a Mercadona, como conferiu esta terça-feira Juan Roig, o presidente da empresa. Após a abertura de portas em Gaia, também em julho será cortada a fita nas unidades da Maia, Gondomar e Matosinhos. Até ao final do ano, a marca chegará aos consumidores portugueses através de 10 postos de venda. Todos a Norte e com localização definida. |
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Os dados e os números da operação não deixam de ser interessantes. É investimento captado. A sede social está no Porto, Matosinhos conta com um centro de inovação e no fecho de 2019 a previsão aponta para cerca de um milhar de empregos criados. Juan Roig diz que não está nos planos a aquisição de outras empresas do sector, mas o mundo dos negócios também é feito de imprevistos e a Mercadona é "só" a maior cadeia de supermercados do país vizinho. |
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Pelo que se tem lido e ouvido, as grandes superfícies que já cá estão instaladas dizem-se preparadas para o embate. Também estão em maré de expansão. É raro ver uma localidade sem um Lidl, um Pingo Doce ou um Continente. Entre outros. Com o terreno tão marcado, tipo rua a rua, aguça-se a curiosidade quanto aos próximos capítulos. Uma coisa é certa: as campanhas de marketing vão-se intensificar. Cada cliente valerá o esforço. |
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Mas entre os "olés" à Mercadona e suas congéneres, há quem antecipe o desagrado. É o caso do comércio tradicional, pela voz da Associação de Comerciantes do Porto. "Devíamos ter uma palavra na atribuição de licenças. É preocupante porque não podemos competir", lamenta a associação, acerca do fosso entre pequenos e graúdos. A atenção centra-se, assim, nos "tubarões". Ficarão todas as grandes superfícies a ganhar ou alguma das marcas, nomeadamente a estreante Mercadona, irá soçobrar? |
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