A ponte rodoferroviária de Viana do Castelo proposta como Monumento Nacional


RBTRIBUNA. Foto : D. R.
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A ponte rodoferroviária de Viana do Castelo, igualmente conhecida como Ponte Eiffel de Viana do Castelo, é uma das mais importantes e notáveis obras de arte da rede ferroviária portuguesa. Da autoria da conceituada Casa Eiffel, a sua história e construção é suporte fundamental para a evolução da Linha do Minho até à fronteira, e resolveu também o problema da travessia do Lima pela velha a ponte de madeira, datada de 1819, que servia a Estrada Real nº4 entre Porto e Viana do Castelo.  

Lançado o concurso em novembro de 1875 para a construção da nova ponte, vencido pela Casa Eiffel, e após aprovação do prolongamento da Linha entre Darque e Viana do Castelo, a Casa Eiffel apresentou em junho de 1876 o projeto definitivo da ponte, sendo o contrato celebrado em outubro desse ano.

Os trabalhos de construção, iniciados em março de 1877, terminaram em maio do ano seguinte. A obra de arte, formada por dois tabuleiros metálicos - o superior rodoviário e o inferior ferroviário, divididos em 10 tramos contínuos de vigas retas – tem a extensão máxima de 736 metros.

A ponte foi oficialmente inaugurada, em 30 de junho de 1878, na presença de várias individualidades, entre elas o Presidente do Conselho de Ministros de então – António Maria Fontes Pereira de Melo. O comboio inaugural, partindo do Porto, ao longo do caminho foi sendo recebido com variadas animações e festejos.

Esta infraestrutura veio contribuir para melhorar significativamente o transporte de pessoas e mercadorias na região, que no início do século XIX se fazia quer através do transporte fluvial, quer pela antiga ponte de madeira.

A sua longevidade deve-se a intervenções e melhoramentos efetuados ao longo dos anos, de modo que a ponte venha respondendo às novas exigências de transporte, carga e velocidade.

O último melhoramento na Linha do Minho foi a conclusão da eletrificação, inaugurada em abril de 2021, permitindo a circulação de comboios elétricos e a introdução de novos serviços para o cliente.

A linha é servida por comboios urbanos do Porto até Nine e pelos serviços Regional, InterRegional, Intercidades e pelo internacional Celta.

Desde outubro de 2020, pela Direção-Geral do Património Cultural, está proposta a classificação da ponte como Monumento Nacional.