Como cada semana, vamos adelante con el análisis del profesor António Costa a la actualidad del Sporting de Braga... Dice así :
O Jamor de Coimbra
O SC Braga ganhou o direito de ser um dos finalistas depois de ter ganho no Dragão, por 3x2. O empate 1x1 da primeira mão dava algum favoritismo ao FC Porto, que ainda por cima jogava o segundo jogo em casa, sabendo que um nulo o apurava para a final. Mas o SC Braga entrou determinado em campo e realizou trinta minutos de verdadeiro luxo, chegando a uma vantagem de três golos e tendo ainda uma bola na barra. Abel Ruiz foi o nome maior e lidera, por agora, a lista de melhores marcadores da competição, com 7 golos, depois dos 2 que marcou neste jogo, tendo sido bem acompanhado por Lucas Piazon, que fez mais uma grande exibição. Apetecia apreciar individualmente os jogadores, mas o coletivo sobressaiu, em especial no espírito gverreiro colocado em campo, porque os bravos bracarenses jogaram 71 minutos com dez jogadores, após a expulsão bastante discutível de Borja. Em tempo real Artur Soares Dias assinalou a falta sobre Marega e mostrou cartão amarelo ao colombiano, mas João Pinheiro no VAR interveio, o que levou o árbitro principal do encontro a mostrar o cartão vermelho, num lance que não se enquadra nas leis de jogo, pois o mau domínio do jogador portista não fazia daquela uma situação clara de golo.
As hostes portistas, animadas pelas palavras do seu líder, que após o jogo de Braga disse ao treinador arsenalista que “11 contra 11 levavas 5 ou 6”, enquanto as equipas estavam em igualdade numérica chegaram a temer o pior, tal era a facilidade com que os golos surgiam, mas para o adversário. Como escreveu, com ironia fina, o meu amigo Carlos Mangas, num artigo de opinião, “Sérgio Conceição tinha tudo preparado para massacrar no 11 x 11 – estrategicamente sofreu três golos para nos poder humilhar mais ainda…, mas a expulsão traiu-o…”, mas, na minha opinião, a inferioridade numérica obrigou a equipa que Carlos Carvalhal lidera com competência a um esforço tremendo, para não perder aquele direito que tão brilhantemente conquistara, no tal 11 x 11.
O Benfica é o outro finalista, sem surpresa, depois de vencer por duas vezes o Estoril, da segunda liga. Deste modo, a época terá quatro confrontos entre SC Braga e SL Benfica, com a vantagem de momento a ser minhota, com duas vitórias nos jogos disputados, na Luz, para a liga, e em Leiria, para a meia-final da Taça da Liga.
Ainda é cedo para grandes previsões, mas é admissível que existam alguns milhares de pessoas na final da Taça de Portugal, o que dará um colorido diferente à envolvência do encontro, mesmo que o “cheiro a panados” seja menos intenso.
A liga portuguesa continua, sem que se saiba bem quem é tamanho protetor do líder, cujos pontos ganhos dos descontos, ou perto disso, já perdi a contagem. Parece que se espera sempre pelo minuto certo para os festejos, justificados, dos pontos ganhos da forma atrás referida, tal é a frequência com que isso acontece. Em Braga haverá, nesta jornada, o maior dérbi do país, cuja rivalidade ancestral o diferencia de todos os outros. Será uma pena que as bancadas estejam, uma vez mais, desertas, pois acredito que o jogo crescia muito com a presença de adeptos. Resta a televisão para acompanhar as incidências, que desejo felizes para os Gverreiros do Minho.
Um artigo do professor António Costa,
comentarista e sócio do Sporting Clube de Braga.
"O sítio dos Gverreiros” é uma coluna de opinião de assuntos relativos ao SC Braga, na perspetiva de um olhar de adepto braguista, com o sentido crítico necessário, em busca de uma verdade externa ao sistema. Cada semana no ZeroZero