Recinto fortificado romano hallado a 1.416 metros, en Arcos de Valdevez, genera expectación
A condição especial de isolamento, longe das estradas e dos núcleos de povoamento da zona, facilitou a preservação de grande parte deste recinto fortificado e até de três das características portas de entrada originais. O seu paralelo mais próximo no Noroeste Peninsular é o acampamento Romano de Penedo dos Lobos, em Manzaneda (Ourense), investigado pela mesma equipa no Verão de 2018.
A intervenção é financiada integralmente pela Câmara de Arcos de Valdevez, envolvendo administrativamente outras entidades como as Juntas de Freguesia e Baldios de Soajo, Cabreiro e Gondoriz, bem como o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas.
Realizam-se esta semana trabalhos
arqueológicos no Alto da
Pedrada.
Este Sitio é um recinto fortificado,
em bom estado de conservação,
localizado em Arcos de
Valdevez, na Serra do Soajo, em
pleno Parque Nacional da Peneda-
Gerês.
O objectivo científico passa
por validar as hipóteses formuladas
pelo colectivo de investigação
romanarmy.eu, o que a
confirmar-se será o primeiro
acampamento militar romano,
de carácter temporário, localizado
no Norte de Portugal e perto
do territorio galego.
O recinto do Alto da Pedrada
está localizado a uma altitude de
1416 metros, o ponto mais alto
de todo o distrito. A condição especial
de isolamento, longe das
estradas e dos núcleos de povoamento
da zona, facilitou a preservação
de grande parte do recinto
fortificado e até de três das
características portas de entrada
originais.
Os trabalhos arqueológicos integram-
se no projeto Finisterrae,
financiado pela Comissão Europeia
através de uma bolsa individual
Marie Skłodowska-Curie,
liderada por João Fonte (Universidade
de Exeter).
O “Pico da Pedrada”, com os seus 1416 m de altitude e local mais elevado do Alto-Minho. Aqui com um ângulo de visão de 360º, a vista é soberba., Através do horizonte podemos distinguir a borda Atlântica com uma linha de escadas cujos degraus são as cumeadas das serras de Santa Luzia, Aguieira, Arga e Miranda, qual escadório em direcção do “trono” de Nossa Senhora da Peneda. Para Nascente/Sul, as altaneiras serras de Amarela e Santa Eufémia com as suas antenas, e os cumes das serras do Gerês com os Picos dos “Carris”, “Rocalva”, Roca Negra” e “Fonte Fria”, estes já em terras de Motalegre, conservando alguns ainda alguma neve. Mais perto para norte, e á nossa volta nas cercanias, a zona de “Lamas de Vez”, local semeado de Antas e Mamoas testemunho de civilização milenária, e nascente do rio com o mesmo nome. Bem junto lá no fundo a nossos pés, a Branda de Seide e os muros que convergindo formam o “Fojo do lobo do Soajo”, obra de engenharia popular executada ao longo de gerações para dar caça ao principal inimigo dos rebanhos e pastores. Para poente o “Vale do Ramiscal” santuário natural de uma enorme diversidade de vegetação onde predomina o carvalho e o azevinho, considerado como área de “Reserva Natural”, também um pouco atingido pelo grande incêndio. Na realidade não será fácil descrever a grandiosidade daquilo que a nossa vista alcança. (In trilhosviana.com