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Cerca de un tercio de los muertos por Covid-19 vivían en hogares de la Tercera Edad

Cerca de um terço dos mortos por Covid-19 viviam em lares, admitiu a diretora-geral da Saúde. É mais do dobro do valor avançado há menos de duas semanas pelo Ministério do Trabalho e da Segurança Social (15%), assunto em destaque hoje no Jornal de Notícias, do Porto
Um terço significa que, à data de terça-feira - com um total de 567 óbitos -, 187 idosos em estruturas residenciais morreram pela infeção causada pelo novo coronavírus. Depois da ministra da Saúde, na terça-feira foi Graça Freitas a apontar o dedo aos lares por não terem cumprido as medidas preventivas e as regras que lhes foram impostas sobre a proibição de visitas e o isolamento de utentes. Quem está no terreno critica "o desconhecimento da realidade" e considera "criminoso" devolver um idoso infetado a um lar.

"Dos 567 óbitos, cerca de um terço ocorreu em instituições", afirmou Graças Freitas, considerando que é o padrão expectável. No último dia 9, o Ministério da Segurança Social apontou para cerca de 15% de óbitos em lares, o que à data correspondia a 61 mortes. Embora a ministra Ana Mendes Godinho tenha admitido, ao "Público", que o número podia pecar por defeito, corresponde a um aumento de mais de 200% de mortes em lares em 11 dias.
Ontem, na conferência de imprensa diária sobre a evolução da pandemia, a diretora-geral da Saúde realçou que os lares "são situações especiais" porque acolhem "pessoas muito vulneráveis, pela idade e pelas patologias" e porque concentram "muitas pessoas num espaço". Referindo-se aos espaços e à "densidade" de residentes, Graça Freitas disse que as estruturas locais, antes de aparecerem os primeiros casos, foram "incentivadas a criar condições para que a concentração de pessoas não fosse tão intensa", nomeadamente o desdobramento por mais de que uma estrutura para permitir o isolamento social. Pelo tom, deu a entender que o "incentivo" não terá sido acatado.

In Jornal de Notícias